O Mundo Pelos Olhos: motivação
- omundopelosolhos
- 14 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de nov. de 2018
Conheça mais sobre a iniciativa que busca capacitar surdos na criação cinematográfica

Durante visitas ao Instituto Cearense de Educação de Surdos (ICES), os estudantes do ensino médio do local relataram interesse pelo cinema, mas que alguns problemas os afastam da “sétima arte”. Diante disso, a iniciativa começou, de fato, a partir da necessidade de expandir o cinema para essa comunidade, com o seguinte questionamento: “quem melhor para fazer filmes acessíveis do que as próprias pessoas que necessitam?”. O projeto busca oportunizar, inclusive, carreiras, uma vez que os alunos passam de telespectadores para, também, realizadores.
Os idealizadores Bianca Dantas, David Facó e Miguel Weingartner, e os participantes do projeto (facilitadores das oficinas) não tinham nenhum contato com o meio surdo. Por isso, além das visitas ao ICES, assistiram a uma série de aulas de Libras em parceria com o Programa de Apoio Psicopedagógico (PAP) da Unifor, que, por meio da disponibilização de intérpretes, também auxilia nas aulas para a comunidade surda.
“Nós não sabíamos como desenvolver essa iniciativa por não termos contato com ninguém do meio surdo, mas estamos nos dedicando para ampliar nossos conhecimentos sobre essa cultura surda. Espero que nas próximas edições do projeto, que deve acontecer anualmente, eu possa me comunicar diretamente com os alunos”, vislumbra Bianca.
David opina: “A gente ama cinema e acha que ele não deve ser limitado. Então, quem melhor pra fazer esses filmes acessíveis do que as próprias pessoas que precisam? Nós pensamos que a melhor forma de fazer isso seria por meio de oficinas que ensinassem essas pessoas a realização audiovisual”
Para Miguel, "os alunos surdos demonstraram um enorme interesse no assunto, porém existem vários problemas que os afastam do Cinema. Nosso projeto busca aproximar esses alunos para que os mesmos consigam não só aprender sobre cinema, mas, também, como se realiza uma produção. Eu creio que essa aproximação deles com a área possa interferir em suas vidas ao ponto de que eles possam passar de telespectadores para realizadores, tomando o cinema como uma profissão, adaptando seus projetos para uma inclusão maior para o público surdo".
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